No primeiro ano de vida, devido à vulnerabilidade, dependência e fase de
crescimento, a nutrição é fundamental para o adequado desenvolvimento e
crescimento do lactente, principalmente a partir dos 6 meses de idade, com a
complementação do leite materno que garante o bom desenvolvimento físico,
neurológico e motor da criança.
Quando é necessário complementar ou suplementar o leite materno, devido à
ingestão inadequada ou quando a mãe não quer ou não pode amamentar, o
procedimento exigirá decisão clínica individualizada e se o bebê estiver no
período inicial da vida, o recomendável é utilizar o Banco de Leite Humano ou
introduzir a fórmula infantil, sendo a alternativa aceitável ao leite materno
são as fórmulas infantis regulamentadas pelo Codex Alimentarius, que devem ser
equilibradas e atenderem às necessidades nutricionais da criança, e para isso os
grupos científicos e indústrias de alimentos lácteos têm alterado o leite de
vaca, com o objetivo de aproximá-lo nutricionalmente do leite humano.
Aleitamento materno exclusivo é definido quando a criança recebe somente
leite materno, gotas ou xaropes de vitaminas e minerais e/ou medicamentos e
atualmente preconiza-se que sua duração seja de 6 meses, pois atende todas às
necessidades nutricionais e protege o lactente de várias enfermidades. A
introdução oportuna dos alimentos complementares deve ser adequada, segura e
apropriada, após esse período, e tem o objetivo de adequar as quantidades de
energia, macronutrientes e micronutrientes, entretanto, o aleitamento materno
deve ser mantido pelo menos até os 24 meses de idade.
A lactante, além de estar ciente das vantagens do aleitamento materno, deve
ser incentivada à prática do mesmo, pois surgem vários obstáculos que podem
levar ao abandono da amamentação, portanto, é necessário contar com apoio o de
profissionais qualificados. O efeito anticoncepcional e a proteção contra
infecções da amamentação prolongada são argumentos favoráveis da prática da
amamentação além do primeiro ano de vida.
O aleitamento materno é uma prática biologicamente determinada que varia de
acordo com cada cultura , que deve ser constantemente estimulada, desde o pré
natal. O leite materno protege o lactente da desnutrição, dos processos
alérgicos, da diarréia e da anemia.
Devido a ocorrência dos vários ajustes fisiológicos, uma atenção especial
deve ser dada às defesas imunológicas e ao consumo adequado de nutrientes, que
variam de acordo com os padrões individuais de crescimento. À medida que o
sistema gastrointestinal aumenta suas funções e consegue digerir os nutrientes,
a introdução de alimentos sólidos deve ser feita com atenção, em paralelo ao
desenvolvimento do sistema nervoso central, que passa a reconhecer alimentos com
várias texturas e aceitá-los ou não. O leite materno tem papel fundamental neste
sentido, na medida em que seu sabor varia em função da dieta materna e prepara a
criança para os alimentos posteriores.
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