Romanesca

Encontrei na feira e nunca havia visto, e você, conhece?


Me venderam como couve-flor japonesa, então, decidi fazer um refogado, com alho e só, pois queria sentir o sabor sem incorporar muitos temperos. Senti diferença na hora de cortar, achei um pouco mais firme que a couve-flor tradicional, o sabor fica entre o brócolis e a couve-flor, mais adocicado e bem macio. Uma delícia, vale a pena experimentar!! 



"De fato é couve-flor romanesca, também chamada de brócolis romanesco, repolho romanesco ou simplesmente romanesco. É da mesma espécie da couve-flor comum  (Brassica oleracea L. var. botrytis) e pertence à grande família das Crucíferas (a esta mesma espécie Brassica oleracea, pertencem ainda todas os outros tipos de couve: couve manteiga, couve-de-bruxelas, brócolis e couve-rábano).

Todas estas couves tem como ancestral a couve selvagem, provavelmente cultivada mais pelo valor do óleo de suas sementes. Com o passar do tempo, o homem foi aperfeiçoando, através de seleções repetidas, variedades com potenciais específicos. Assim, com interesse nas folhas desenvolveu-se a couve comum e o repolho; nos botões, a couve-de-bruxelas; nos caules comestíveis, a couve-rábano e, finalmente, nas flores, o brócolis e a couve-flor.

O que se sabe das couves-flores é que são originárias da Europa e possivelmente da Ásia Ocidental. No século 12 já eram cultivadas na Itália e Oriente Médio, de onde se espalharam por quase todo mundo. Foi introduzida na França através da Itália em meados do século 16, onde passou a ser cultivada intensivamente, especialmente na Bretanha.

Já especificamente em relação à couve-flor romanesca, encontrei informações desencontradas a respeito da origem (todas as fontes repetem a mesma informação, sem referências seguras). Mas sei que se trata de um híbrido - pelo menos o tipo plantado no Brasil, que há mais de um tipo de romanesco - minaret, veronica, shannon e tipoff, e que alguns termos são marca registrada de empresas de sementes, como cauliflower, por exemplo, como é às vezes chamado este tipo de couve-flor.

Mark Twain disse certa vez que couve-flor é um repolho com formação superior. Sendo assim, pode-se dizer que o romanesco é uma couve-flor com pós-doc. O interesse geométrico pelo seu modelo de construção chega a ser maior que o despertado pelas qualidades nutricionais ou aspectos botânicos. Trata-se de um brócolis fractal. Um fractal é um objeto cujo formato original se repete em suas partes, infinitamente. Ou seja, se você pega uma florzinha de romanesco, ela tem o mesmo formado cônico que a cabeça original. E se você desmembrar esta florzinha conseguirá conezinhos menores. E isto, sucessivamente. Estes fractais geralmente são encontrados na natureza (nos corais ou nas folhas de algumas samambaias, por exemplo), mas também podem ser calculados por fórmulas matemáticas.

Bem, quem nunca comeu, saiba que tem a textura um pouco mais firme que a da couve-flor e que o sabor também é daquele legume, com alguma lembrança do brócolis. É gostoso, vale a pena provar, mas, se você mora em lugar que não tenha, nada de desespero para conseguir. Que é lindo, é, mas não tem nenhuma outra característica que justifique grandes desejos. E em qualquer receita onde ele apareça você poderá usar florezinhas de couve-flor sem prejuízo algum."

As informações acima são do blog Come-seque sempre recorro quando tenho dúvidas sobre alimentos diferentes, confira aqui

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